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Qual a razão de existir “no rep” no Crossfit, e porque devemos entender o movimento antes de tentar dar volume ao mesmo?
Jóse Renan - CrossFit® ARMCTR. CF-L1
Toda e qualquer modalidade existe padrões de movimentos particulares e capazes de otimizar o gasto energético do atleta ao realizar determinada tarefa. Tais padrões, tornam a execução mais padronizada, com menor risco lesional ao atleta, aumentam a performance levando o atleta a alcançar objetivos mais complexos, e ao mesmo tempo, possui a capacidade de nivelar a dificuldade de execução da tarefa para todos os atletas.
No CrossFit®, assim como em algumas modalidades, as categorias não são dividas por peso do competidor, ou por faixa de graduação como em esportes de luta por exemplo. Nessa modalidade, as categorias são divididas por habilidade e consistência na excursão dos movimentos exigidos.
O termo SCALED (do inglês: dimensionado) é usado para definir o treino com adaptações, seja porque o atleta está aprendendo os padrões de movimento, porque precisa adaptar as cargas a sua realidade de condicionamento/força. Já o termo RX (abreviação do inglês: prescribed - prescrito) descreve a realização do treino assim como descrito, sem a necessidade de adaptações de movimentos e cargas. Independente da forma pela qual o atleta opte por realizar o treino, o gesto esportivo precisa ser realizado dentro dos padrões.
Como descrito previamente, isso nivela a dificuldade do treino para todos,
protege o atleta de lesões por exigência da melhor biomecânica possível e otimiza o gasto
energético do atleta. Seja em competições ou no treinamento dentro do CrossFit® ARMCTR,
a existência dos chamados NO REPS (repetição inválida), vêm para deixar mais justo e com
maior eficiência biomecânica a tarefa a ser executada pelo atleta. Também é possível perceber
adaptações de acordo com a demanda particular dos atletas. Por exemplo, é impossível exigir
que um indivíduo cadeirante salte sobre a uma caixa. No entanto, o estímulo adaptativo para
esse atleta em particular é dado sob o comando para que o mesmo execute uma volta ao redor
da caixa sentando sob sua própria cadeira, obedecendo as marcas de saída e chegada,
validando o “salto” sob a caixa com uma REP. Dessa maneira, todos os atletas cadeirante
competem em si, com movimento padronizado, grau de dificuldade justo para todos, e dentro
das adaptações necessárias para suas particularidades. A manutenção e alcance dos padrões
de movimento é uma constante trabalhada diariamente no CrossFit® ARMCTR.
Referências: CrossFit L1. Guia de treinamento nível 1. 2002.